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TUDO SOLTO E MISTURADO


quarta-feira, 10 de outubro de 2012

-Ouvir
-não julgar
-ter humildade
-buscar novos conhecimentos
-tudo se transforma sempre
Tudo é como é naquele momento.

segunda-feira, 18 de junho de 2012

É muita, muita sorte, estarmos vivos pra poder ouvir essa música todinha toda vez que quiser e tiver como dar o play. É linda demais! tem vários instrumentos dialogando harmonicamente. Parece muito com o universo, com seu jeito de funcionar tão perfeito.
O piano é maravilhoso! Começa devagar, como quem chega manso num lugar, quase silencioso, querendo sacar o ambiente pra ver se pode se soltar mais. Aí chega a guitarra fazendo o som de um cometa que passa. Ficam lá piano e guitarra brincando. Aí chega batidinha de baquetas rápidas, baixo que vai de baixo a alto, e guitarra chora, e viola cresce outra hora, o piano vai acompanhando, o prato da bateria vibra, a guitarra grita, parece que entra um violino até uma hora, e chega um silêncio rápido, e depois recomeço do piano, e acompanhando do piano pelo piano, aí começa um clima aceleradíssimo na música que dá até um ar de correria, todos os instrumentos ficam rápidos, intensos, a ponto de você não ter certeza se são mãos como as nossas que fazem aqueles sons. Depois vai acalmando, acalmando... entra alguma citara ou harpa essa hora, porque acalmar como acontece perto do fim da música só coisa oriental pra conseguir daquele jeito. Afff como é bonita!
É realmente uma música muito linda e é muita sorte nossa poder ouvi-la quando queremos e podemos dar o play.

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Pintura de arnaldo

Arnaldo Baptista

‎"Seguindo o caminho da comunicação, penso que temos dentro de nós a melhor máquina, que é o cérebro, de onde nos vem a motivação e inspiração para a arte... Algumas vezes fico ali, perseguindo isso quando eu pinto... Algumas vezes me inspiro na música, mas outras não – é apenas visual (...)a pintura é a expressão do que a minha alma diz sobre o sol, sobre as nuvens... Eu construí esse novo caminho de criação por enxergar minha alma de uma forma que conecta a música às artes plásticas" 
Arnaldo

Espancamento no Juliano Moreira- Ubella Preta e Jaguaribe Carne

Que trabalho massa o dessa música, quem quiser dedicar 40minutos preciosos dessa vida pra conhecer não se arrependerá, muito bom, diverso, com arranjos inesperados, barulho de várias coisas que no dia a dia voce conhece mas não sabe saber como foi conseguir ser feito por instrumentos (se bem que há o mundo eletronico pra dar uma mãozinha nisso). muitos barulhos imprevisíveis interessantes...
Acho que é preciso ouvir mais vezes do que só uma pra entender, mas ao ouvi-la só pensava no mundo atual que vivemos, onde quem demonstra qualquer comportamento que foge do padrão imposto é tido como louco e sofre consequencias por isso,
Fico imaginando esse som num lugar fechado, com um bom equipamento de som, as pessoas deitadas o máximo confortáveis possíveis, super relaxadas, o mais relaxadas possíveis, porém bastante despertas e atentas, no escuro.
Ótima experiencia aos sentidos.

http://soundcloud.com/ubellapreta/espancamento-no-juliano

Então era mentira?

http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=winWWplmyMk

Queria mesmo saber é quando é que nós seres humanos, principalmente os que ocupam lugares econômicos privilegiados, vamos parar de inventar mentiras históricas para nosso próprio benefício e desejo de ter mais que os outros?
Só digo uma coisa no intento de minimizar os efeitos dessa loucura que é o mundo contemporâneo que vivemos, extremamente voltado para o consumo do supérfluo: busquemos rapidamente reduzir ao máximo nosso padrão desse consumo, porque a coisa vai piorar mais ainda pelo visto.

Quando assisti esse vídeo senti um pouco de medo de que esse cara estivesse ali pra nos enganar, mais outra vez, como se ele fosse um acadêmico contratado pelo governo ou por empresas enormes para dizer informações 'científicas' pra nos convencer de que não precisamos nos manifestar contra o desmatamento e todas as demais desgraças ambientais que a interferência humana faz ao mundo natural.
Até porque o cara está na globo, que super-legitima muitas posturas tronchas de nossos governos.
Mas não seria surpresa descobrir que aquelas mesmas grandes empresas criem o tempo todo as mentiras históricas que lhes forem possíveis para benefício e lucro próprio.
Penso que devemos estar alertas sobre essa possibilidade, mas continuando a nos posicionar a favor da preservação do meio ambiente e da sustentabilidade dele quando urbanizamos nossas cidades, pois, mesmo que lento e local, se é que o bonitão do vídeo aí não nos engana, a destruição e a alteração climática acontece e torna nossa vida pior e com necessidades de consumo maiores.

terça-feira, 15 de maio de 2012

Poliamor

Se nós vivêssemos numa sociedade onde as pessoas pudessem realmente expressar o que sentem poderia ser possível o poliamor.Pois do jeito que nossa sociedade ocidental se organiza há o problema de se bater de frente com ela e seus padrões muitas vezes impostos e que vão de encontro às nossas vontades.
Talvez numa sociedade menos desigual e mais colaboracionista, onde as pessoas nao disputam, se complementam, é mais possivel o poliamor.
Vicky, Cristina e Barcelona 

A regra de se relacionar pra mim é só uma: ser verdadeiro com o que se acorda com o outr@(s) no inicio do relacionamento e em suas diversas fases, que podem fazer os acordos iniciais se modificarem.
Para mim somos sempre infelizes, e fadamos ao fim nossos relacionamentos em qualquer formato, quando temos de viver na base da mentira, falseando nossos sentimentos, encobrindo o que realmente se passa em nosso coração, tendo de esconder do outr@(s) o que pensamos, queremos ou fazemos.
Penso que independente do formato, que pode ser válido em suas diversas formas, o principal que deve haver num relacionamento é que tod@s os envolvid@s tenham verdade para com os outr@s, tenham liberdade diante do(s) outro@(s) pra poder ser sincero e assim desfrutar do melhor de uma relação.

http://vimeo.com/23988620

http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=kYRdUI_iT7Y

Ser humano nasce pra ser livre

Nasce espontâneo, criativo, com o sangue da liberdade correndo na veia.
Mas já nasce preso a casta que pertence.

Mas vem ao mundo pra ser mais livre do que costuma ser.

sábado, 12 de maio de 2012

Introspecção

É importantissimo estar sempre em contato com os outros, sair de si, claro. Mas junto com isso é importante buscar ser compreendido. Convivendo com as pessoas e comunicando com elas, vamos aprendendo o modo de nos fazer compreender, aprendendo a melhor linguagem pra passar o que se passa conosco.
Falo de aproveitar os momentos de introspecção, quando eles não são escolhas. Mas nunca, jamais, acho que devemos buscar esses momentos como constante, em si mesmos. Com certeza cairiamos num limbo terrivel, onde o que pensamos é o que vale, onde os outros sao inferiores e por isso nao nos compreendem, onde os outros nao refletem sobre as coisas e nós sim e por isso nos fechamos.

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Violando a madrugada gribada

Esse carnaval foi tanta alegria
tanto encanto de sons
tanto colorido
tanto amor no coração
que tinha que haver um contrabalanço pra tudo voltar a se equilibrar, como deve ser.
A gripe chegou sem ser convidada.
Já coloquei vassoura atrás da porta e tudo pra ver se ela se toca, vê que eu não to afim e volta pra casa dela.
Mas, como sou menina educada, não a deixarei sozinha enquanto quiser ficar.
Ficarei aqui ao seu lado, fazendo sala pra ela, chazinho, comidinhas, suquinhos...tudo do bom e do melhor, porque é assim que trato minhas visitas.
Até que ela queira ir.
Agora mesmo ouço o 'violando a madrugada', ô belezura de bloco viu!
Se não tivesse com visita em casa era onde estaria. Imagine, um bloco de boêmios? O carnaval dos frequentadores assíduos de bar.
Dos que gostam de cerva gelada e cachaça quente.
Dos que gostam de jogar conversa fora até quando a conversa parece ter terminado.
Dos que tiram algo de bom quando tudo parece que tá ruim.
Dos que gostam de rodas interminaveis de samba, no bar, claro. Meu coração tá lá.
Bem do lado aqui de casa rapaiz!
Doida pra ir fechar com chave de diamante o supercarnaval, segurar porta estandarte e dar a volta no quarteirão frevando até o inicio da madrugada.
Mas, serei fiél a minha hóspede, quem sabe ela me acha grudenta e sufocante demais e resolve ir? Sempre funciona!

Boa noite aos boêmios do mundo que tem a malandragem na veia mas o coração maior que um trem.

Um brinde a Noel, grande sambista que morreu jovem mas fez valer o 'carpe diem' sua curta vida inteira, deixando grandes sambas pro mundo. Cabra frequentador de bar que com certeza curtiria o Violando!

sábado, 25 de fevereiro de 2012

"Golpe de estado"

OS PÊLOS ERIÇAM AO TOQUE
TEU GOVERNO EM PÂNICO
A LÍNGUA PROSPERA O GOLPE

Vamberto Spinelli Jr.

COMPATIBILIDADE INCOMPATÍVEL

Três horas da madrugada, você deve estar na sala.
Mudo. Silêncio de objetos de vidro postos sobre o centro.
Vidrados os olhos em imagens-fotografias
De um passado que poderia ter sido
E de um presente que lento se desfia…
Intocáveis, nenhum objeto cai, nada quebra
Em barulho que possa simular um grito - Desordem Desenfreada de carne e sentido.

Três horas da madrugada, também estou na sala.
Muda. Silêncio de leoas adormecidas.
A boca dormente de tentar
Tecer juízos para uma razão que se fia,
Por esperar no futuro esvair esse desejo que o corpo guarda por dentro,
Ou por alguém que espera ver quebrados os objetos de vidro sobre o centro.

Gabriela Arruda

‘quem gosta de dançar, não pode ter medo de cair’.


Sim.
Esse medo pode surgir.
Mas só quando dançamos sem querer dançar.

Às vezes vamos a um espetáculo de música só pra ouvir
o cantar e o tocar.
A voz cantar e o instrumento tocar.
Somente apreciar.
É quando o som que vai rolar
é instigante demais ao ouvido.
Ou quando se gosta demais daquele som a ser tocado.
Ou mesmo quando nunca se viu ao vivo
aquele som ser fabricado.
Aí o bom é assistir o show com atenção,
deixar o som entrar no coração.
Ficar bem quietinha, quase sem se mexer.
Os instrumentos funcionando é que é o bom de ver:
emitindo seus sons,
em vários tons
que se movimentam no ar
e fazem lombrar.
É massa assistir
cada um deles,
isoladamente e no conjunto.
Apreciar o ouvir.
Nessas ocasiões o recomendado é nem conversar.
Ficar logo antissocial.
Dançar?
Nem a pau, Juvenal!
Ao show sonoro está tão entregue o olhar
que ninguém prestaria atenção aos pés se mexendo a dançar.
Em dia de espetáculo de música assim,
sim.
Seria fácil tombar!
Acho que é pra ter medo de cair.
Medo de dançar e cair.
Pois dançar sem querer dançar?

Mas se ouvirmos de repente
aquela música começar a tocar,
nesse mesmo instigante show,
geralmente um groove ou um soul,
um jazz, um afrobeat ou uma cumbia,
um côco, um frevo, uma rumba,
um afoxé, um forró, um tango,
um bolero, um merengue, um mambo,
uma lambada ou mesmo o tunts tunts da balada,
e quando toca aquele samba?
Aí a perna começa a ficar bamba!


É quando o desejo da alma é o de dançar,
aí não.
Não dá esse medo de cair quando se quer muito dançar.


Ah! Quando a vontade de dançar vem de dentro!
Alcança rapidinho você.
Nem que queira pode parar!
O pé começa logo a bater,
os joelhos ficam a dobrar e desdobrar,
o quadril se põe a circular,
os ombros vão pra lá e pra cá,
até o cabelo não fica no lugar.
O jeito é deixar acontecer,
porque a dança vem e invade a alma,
e mesmo com tanto mexido,
que curioso, acalma.
Dançando o espírito fica tranquilinho,
o corpo fica levinho,
tudo em estado transcendental.
Dançar com vontade de dançar,
faz flutuar,
é mesmo lombra surreal.
Então vamos que vamos dançando,
rodopiando, rodopiando...
dando voltas pelo salão,
fazendo bem pro corpo,
pra mente
e muito bem pro coração.
Quando dançamos com vontade de dançar,
(esse é o segredo)
não dá nenhum medo de cair.
Mesmo se a gente meter a bunda no chão
e se todo mundo começar a rir,
mesmo se a gente se esparramar,
e todo mundo rir de chorar,
a gente levanta e continua a dançar,
podendo até voltar
a mais uma vez cair.
Porque é bem verdade
que quando se dança muito,
se sua muito,
e ‘quando se sua muito,
o suor caído no chão,
deixa o solo escorregadio’,
propício a queda de quem se acaba dançando pelo salão.

YOGA

Cura tudonomundo!
Alonga,estica, rejuvenesce, relaxa, acalma, transcende...
Cura insônia?
cura.
Dor de coluna?
cura.
stress,
cólica,
dor de cabeça,
enxaqueca,
nervosismo,
prisão de ventre,
TPM,
velhice,
congestão nasal,
indisposição,
indigestão,
problema de pressão
e de coração.
Problema de coração também?
Cura demais.
Então receita aí pra mim: 3 saudações ao sol + 4 posturas invertidas +2 de equilíbrio + 5 de força + 4 de torção; que é pra sarar a dor no coração, dor de buraco que sinto aqui bem do lado esquerdo toda vez que vou dormir e fico com insônia desde que meu amorzinho se foi.

Improviso 3

êta caba bom de rima
e ainda disse que não sabe rimar..
vou tentar retrucar
mas só garanto brincar
melhor seria falar
que as palavras saem sem pensar
mas já que é pra escrever
eu não vou me acovardar
diga o tema, meu sinhô
que os meus dedos tão dançando
já chamando pra brigar
essas tecnologia
facebook, internet
até que num é de todo ruim
quando o uso é de bom tento
feito agora
tanta gente escrevendo
se expressando
dá até gosto deixar o bixinho funcionado
sei mais nem o que dizer
depois que cynthia
sem dó nem piedade
rimou bonito e com coragem
uahuahuahuahua
chega de tentar botar a cuca pra funcionar!
vai winsthon
se joga que eu gostei de ler/ver
você rimar.

Iara DiXero

Improviso 2

Você diz que num sabe de improvisar
mas conseguiu comparar
o ato de improvisar
com o movimento do mar
isso é coisa de minino que sabe improvisar
de minino malandro e que ligeiro bota a cabeça pra pensar
porque se fosse pra eu explicar
sobre o ato de improvisar
eu nao conseguiria bem rápido pensar
em comparar o improvisar com o movimento do mar
pensaria em amar
falar
botar
tirar
estudar
analisar...
no máximo faria os verbos rimar
que é coisa fácil de criar
dificil mesmo de fazer é ser rápido em bem improvisar.

Improviso

Nem sou bom no improviso
Que nem os cabra de lá
Mas qualquer quaraquaquá
Assim também vou fazendo
Pois é somente querendo
Com força de coração,
Que se chega a Salomão
Dono do Conhecimento,
Forço a mente no intento
De aprender e de ensinar
Que o improviso é como o Mar
Gota a gota se formando
Junta as peça e aumentando
Volta ao ponto iniciá
Forma o ciclo, donde está
Nosso PÉ aqui tocando
E a MENTE viajando
Brincando de improvisar.
Eis pontos cardeais
O de cima e o de baixo
São iguais, porém só acho
C’um espelho pra olhar.

Whisnton Aquiles

Palavras soltas

Se poesia pode ser soltar palavras
conforme as danadas se aparecem no pensamento
quero é gastar ar, experimentar!
E tá tudo bom demais, poesia de dança, lombra, sexo, universo, natureza, som, silêncio... eita que é coisa que muita gente gosta.
gosta?
ah gosta!
eu gosto.
gosto disso.
gosto disso demais... soltar palavras como me vêm.
É das melhores coisas que tem.

Quincas

Sonhei com Quincas ontem, massa demais! Eu era da equipe da malandragem dele e participava das andanças e bebelanças... era como se depois dessa época do aniversário dele, que o livro retrata, ele ainda tivesse vivido mais um monte de anos quando finalmente o bixo morria...feliz sempre por ter aproveitado o máximo possível e agora sim, pra valer. O cabra massa esse Quincas, vivinho no meu mundo de sonhos...


Massa essa oportunidade de sonhar, e viver muitas coisas não vivíveis ;)

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Sempre aprender

Há uma única chance de existência nesse formato de vida, tanto ainda a desenvolver enquanto ser humano, e tão pouco tempo pra isso. Nossas potencialidades nascem conosco e só se desenvolvem e aumentam quando atiçadas pelo que buscamos conhecer.
Não nos conformemos com o que sabemos, busquemos mais.
E quanto mais diversos fomos, em habilidades e conhecimentos, mais estaremos prontos a lidar com o que aparece de adverso nos nossos caminhos.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Autenticidade

Seria interessante transpor toda verdade do eu ao mundo exterior, toda a subjetividade que nos compõe, ou só não o é nessa sociedade capitalista desigual que vivemos?
Diante da impossibilidade de ser, biológica e cultural, impossibilidade de transpor a verdade do eu ao mundo, pode ser interessante buscar fazer isso.
Buscar ser o máximo possível, no sentido de agir espontaneamente, falar sempre o que se pensa e se comportar conforme se tem vontade - sem ultrapassar os limites do outro. Ser no sentido de não se anular enquanto individuo.
Mesmo nesse mundo em que vivemos com tantas regras impostas e padrões a serem seguidos; onde o modelo de gente a ser copiado é gente toda do mesmo jeito, seguindo os modismos que o mundo consumista impõe; onde se você opta por recusar um pouco disso é logo podado, tiram sua liberdade e lhe obrigam a não ser.
Questionemos o mundo e a sociedade se isso for o necessário para não anular quem somos.
Se há uma impossibilidade de ser nesta sociedade capitalista, pensemos então numa busca por ser, busca constante e durante toda a vida.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Machado ensinando arte difícil de pensar somente o já pensado.

'Sentenças latinas, ditos históricos, versos célebres, brocardos jurídicos, máximas, é de bom aviso trazê-los contigo para os discursos de sobremesa, de felicitação, ou de agradecimento. (...) Melhor que tudo isso, porém, que afinal não passa de mero adorno, são as frases feitas, as locuções convencionais, as fórmulas consagradas pelos anos, incrustadas na memória individual e pública. Essas fórmulas têm a vantagem de não obrigar os outros a um esforço inútil'

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Contra homofobia

A Paraíba se coloca hoje em segundo lugar no ranking de crimes praticados contra homossexuais no Brasil - em primeiro ficou com Pernambuco. Só no ano passado foram registrados 21 assassinatos contra homossexuais na PB. Afora os crimes sem registro. Praticamente todos os crimes continuam impunes.

Logo no inicio da folia de rua, Bruno Rapchaell saía de um bloco de ' virgens' quando foi espancado brutalmente, principalmente no rosto onde teve varios ferimentos, e no tórax onde teve fraturadas tres costelas. Homens vestidos de mulher numa festa de carnaval agredindo outro homem pela opção sexual que possui.

É impressionante vivermos numa democracia que defende constitucionalmente igualdade de direitos e continuar sem politicas publicas e sérias de educação da população quanto ao respeito pelos homossexuais e demais oprimidos dentro da sociedade - negros, mulheres, bissexuais, homossexuais, travestis, etc.

Cadê a prefeitura agindo nessa hora? Cade o Estado defendendo os cidadãos? Ainda estamos no inicio da folia de rua e quero mesmo saber quantas agressões e mortes terão de ser registradas para que algo seja feito. Porque as festas continuam, os agressores estão aí a solta só esperando que alguém manifeste preferencia sexual que não segue os padrões heterossexuais para atuarem.

Espancamentos, xingamentos, agressões a toa, calúnias, buylling. A homofobia só cresce. Enquanto nossa sociedade não abraçar com força a missão de uma sociedade mais igualitária, enquanto não começar desde cedo, dentro da escola inclusive, um trabalho de conscientização aos direitos iguais a todos, será assim, injustiça contra todo e qualquer cidadão que demonstrar conduta destoante dos padrões estabelecidos e impostos com violência.

Enquanto algo assim é quase utopia, temos que lutar com o que está ao alcance. A luta pela criminalização da homofobia é bandeira que vem se consolidando dentro dos movimentos lgbt e será a grande defesa LGBT em 2012.


CRIMINALIZAÇÃO DA HOMOFOBIA JÁ!!!

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

As cenas chocantes do “jornalismo perícia”

Acompanhar os portais da Paraíba tem sido uma tarefa difícil para aqueles que têm o estômago e coração fracos. Matérias recentes de conteúdo e imagens chocantes evidenciam a falta de bom senso de um jornalismo que, pelo que se vê, topa tudo para ampliar os números de acessos ao seu endereço.



É interessante pontuar que esta abordagem [do jornalismo sensasionalista paraibano] raríssimas vezes é aplicada em casos nos quais as vítimas tenham poder aquisitivo maior. A imprensa insiste em tratar corpos de homens e mulheres da periferia, excluídos, negros, “das classes perigosas”, como objetos do domínio público do qual o jornalismo pode usufruir simplesmente pelo fato de que estas vítimas provavelmente não terão como processá-los. Melhor pensar que seja por isso mesmo. Imagine se a real justificativa seja motivada pela perspectiva de que, por serem pobres e possivelmente delinquentes, é natural que devam morrer?


O que torna ainda mais frágil a capacidade de intervir contra é que há uma estrutura econômica e política que sustenta este tipo de jornalismo. Existe audiência e há uma rotina que permite que este conteúdo possa ser capturado. Não se trata aqui de censurar o acesso ao espaço do crime, mas preservar, por uma questão de respeito até, a cena, o morto, o desespero da família. Estranho pensar que existem anunciantes que topem apoiar este tipo de conteúdo em tempos em que estar bem no mercado rima com a tal da responsabilidade social.


Para começar a transformar esta realidade, é preciso investir em espaços de leitura crítica da mídia em todo o sistema educacional do Brasil e também no processo de formação do comunicador. Compreender que a análise dos nossos meios de comunicação também é a análise da nossa sociedade. Criticar e autocriticar-se deve ser um processo permanente para a melhoria da nossa atuação de jornalistas. A naturalização da exposição e do direito de explorar comercialmente estas imagens é sintoma de um fenômeno social preocupante sobre o qual precisamos refletir – editores, empresários, internautas e toda a sociedade.

[Janaine Aires é jornalista, membro do Coletivo COMjunto de Comunicadores Sociais e do Observatório da Mídia Paraibana]

http://observatoriodaimprensa.com.br/news/view/_ed676_as_cenas_chocantes_do_jornalismo_pericia
Amour, Acide et Noix

 Tentaram transmitir com a nudez que todos ali eram semelhantes e partilhavam de universos comuns, que oscilavam entre momentos de solidão e de contato com os outros.

Pra tratar deste tema muito mais coisa poderia ter sido colocada, de forma inclusive que a dança aparecesse mais em sua beleza de movimentos diversos, e menos repetitivos do que o foi no espetáculo.
A dança que foi apresentada tinha muitas paradas que não deixavam aparecer todo potencial que os bailarinos pareciam possuir.
Além do mais os corpos perfeitos e nus chamavam atenção de modo tão forte que tornavam isso o foco do espetáculo, talvez até impedindo a mensagem que se tentou passar.

De qualquer modo poucas vezes vi o nu representado no ballet contemporaneo de forma tão direta e sem pudores.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Desejo do corpo é sempre bom satisfazer.

Ser tocado é bom demais.
Nenhum corpo resiste, porque toque aumenta vontade do corpo de ser mais tocado ainda.
Escultura de Choi Xooang, representando elementos reais do corpo humano,
com enfoque no sofrimento causado pela guerra da Coréia.

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Aborto

Nos países de primeiro mundo, onde se tem muito mais condição de criar um filho não-planejado são justamente os países aonde o aborto é permitido irrestritamente.
Enquanto em países subdesenvolvidos, em que a pobreza e a falta de instrução reinam a ponto de uma mulher ter cinco a seis filhos que não planejou ter, na maior parte das vezes sozinha, sem um companheiro pra ajudar na educação e dividir responsabilidades. É foda.
Política pública assim com relação ao aborto só mostra o que querem cada vez mais: que nesses países tenham trabalhadores no limite da linha de pobreza pra garantir manutenção do sistema desigual.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Energia capaz de mover a transformação do mundo

Muito bom ver gente estudando com seriedade sobre a origem do mundo, dos seres, da energia vital.

A natureza é tudo que existe. É detentora de sua própria força motriz, que insere todos os seres nessa mesma força, fazendo de cada um parte do todo existente.
A partir da ioga pode-se conhecer muito da filosofia oriental, que nos chega tão pouco. Eles falam muito disso, de uma energia que circula e envolve tudo e todos, que faz cada um se perceber como parte do muito e poder sentir e por vezes interferir, até com o pensamento, no rumo do mundo (que isso não signifique motivo para acomodação das pessoas, no sentido de desestimularem elas as lutas, a reivindicar com atuação prática, como o exemplo do eduardo marinho, quando estiverem insatisfeitas com as condições de vida que lhe estão estabelecidas. Se a força está em nós mesmos, e no nosso pensamento, inclusive, podemos nos acomodar demais, ficarmos sentado só meditando as coisas em nossas cabeças).
Os orientais estavam lá, nos trocentos anos antes de buda, já falando disso, e apesar do cunho religioso que há impregnado em muito dali, têm muito a ensinar. Porque perceber que somos um todo dá uma perspectiva de vida muito diferente da que temos no ocidente, onde cada vez mais reinam valores individualistas.
Um avanço no entendimento do mundo nessa outra perspectiva talvez incorporasse valores mais humanitários, mais solidariedade e coletividade.
O mundo poderia ficar melhor.


Exemplo de Eduardo Marinho


novo conceito de energia

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Falta de educação

Justamente pela educação ter esse poder de fazer pensar e transformar é que nesse país o investimento nela com qualidade é tão ínfimo. Um povo educado e sabido, sabe que a desigualdade reina e que é injustiçado. E se manifesta, luta pra modificar sua condição de existência.
Aqui é o país onde quem governa não quer que seu povo pense não. Político ganha uma fortuna no contra-cheque e ainda não se conforma, desvia a mísera verba que vai pra educação (pra não falar de saúde, segurança, moradia, transporte...) no intento de manter sua vidinha confortável, independente de isso se dar as custas das misérias dos outros.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Gertrudes Hemilia

'Ontem no entanto perdi durante horas e horas minha montagem humana. Se tiver coragem, eu me deixarei continuar perdida. Mas tenho medo do que é novo e tenho medo de viver o que não entendo - quero sempre ter a garantia de pelo menos estar pensando que entendo, não sei me entregar à desorientação. Como é que se explica que o meu maior medo seja exatamente em relação a: ser? (...) Mas porque não me deixo guiar pelo que for acontecendo?Terei que correr o sagrado risco do acaso' p. 11.

Tendo de lidar com seu medo e nojo de barata, pela primeira vez na vida Gertrudes Hemilia refletiu sobre a sua própria vida, sobre quem era e como agia no mundo. Ali sentiu que não era livre e tomou pra si a árdua missão de busca pela liberdade.
Tinha percebido, diante da barata, que não era. Então desejou ser.