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TUDO SOLTO E MISTURADO


segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Ler

Para conhecer pessoas; para conhecer lugares; para conhecer experiências, por outrem vividas; para refletir sobre a vida; para refletir sobre a nossa vida; para nos esclarecer; para nos distrair; para não sentir solidão; para se encontrar...

domingo, 19 de dezembro de 2010

Tempo corrido.

Tempo, tempo, tempo, tempo... tempo para dormir, comer, sair, amar, sentir, tocar, viver!
Como algo pode ser inesgotável e ao mesmo tempo tão reduzido?
Quatro dias parecem dois, oito parecem quatro, um mês parecem quinze dias, doze luas cheias parecem seis!!
Se os deuses me perguntassem o que eu mais gostaria como desejo, lhes responderia prontamente: tempo.
Tempo para tudo com calma, para dar para aproveitar devagarzinho a vida boa demais que se passa... pra ver todas as luas cheias do ano de camarote... tempo para cuidar do que se gosta... tempo para estar perto do que se quer estar... tempo para viver e amar.

sábado, 27 de novembro de 2010

No mundo sim, mas em si primeiro

"Quando finalmente chegamos à conclusão que a vida é insatisfatória, que as diversões não divertem, que o consumo é uma indução, o entretenimento um entorpecente, os valores falsos e que fomos enganados, é surpreendente a mudança geral na visão de mundo.
Evidente haver um controle nos bastidores da sociedade. É evidente o poderio econômico das associações de mega-empresas de dimensões difíceis de imaginar, capazes de interferir – e mesmo controlar – Estados, mesmo “democráticos”.
As aspas são porque uma democracia só existe se o povo estiver bem instruído, bem informado, bem assistido pelo Estado, o que não é, evidentemente, o nosso caso e o da maioria dos países. As empresas não permitem que se invista na educação, enfim, no povo. E as de mídia controlam a informação, com enorme poder de pressão dentro da sociedade, nas políticas públicas, na criação de leis, na formação de valores, opiniões, desejos (massacre publicitário), no controle da população.
Às vezes surge a necessidade interna de “fazer alguma coisa”, se sentir útil em alguma forma de mudança, pelo menos descarregando a inconformação, no mínimo, para manter a saúde, física ou mental, pra dar sentido à vida. Há muitas maneiras. Consistentes, inconsistentes, neutras, úteis, contraproducentes...
O fato dessa necessidade ser interna, abstrata, já sugere por onde começar o trabalho. Internamente. Em nós mesmos carregamos as falhas, os valores, as disposições e os erros existentes no mundo, na sociedade. Alguém pode se declarar isento dos condicionamentos impostos, da educação castradora, da pressão da publicidade e do consumismo desenfreado, da tendência à competição, de orgulhos e egoísmos? O núcleo familiar já apresenta pressões. Em toda sociedade se cobra a mediocridade, o padrão. A cultura do superficial, do supérfluo, do descartável, da fartura externa e da carência interna, a razão acima do sentimento, da intuição.
O trabalho com o mundo externo precisa de um profundo e sincero trabalho interno, individual, atento, humilde e constante. Com o tempo, naturalmente, quase que sem se perceber, esse trabalho começa a transbordar, e passa a servir ao mundo, na medida da fertilidade da terra em que cai – são sementes que brotam espontaneamente, como conseqüência da seqüência da vida e do trabalho. No meu caso, quando comecei a colocar no trabalho os pensamentos e reflexões, o relacionamento com o mundo passou a ser muito mais intenso e profundo. O estudo se aprofundou e as relações humanas (e reações, também) passaram a trocar muito mais. Ensino e aprendizado se confundem. Você passa a falar com o comportamento, com o sentimento, com o seu ser e com o ser das pessoas. Nem precisa falar muito, as pessoas sentem, entendem, percebem. Os encontros acontecem, sempre que preciso, por qualquer motivo. Muitas vezes, não cabe entender os porquês, mas podemos sentir a existência de “porquês”.
Um revolucionário, um evolucionário, qualquer um desejador de trabalhar por mudanças reais na sociedade e no mundo, precisa começar esse trabalho dentro de si mesmo, se quiser ter consistência nas ações externas. Perseverança, serenidade, convicção e ausência de expectativas. A humildade facilita muito o caminho. Evita a sensação de humilhação e aumenta a capacidade de perceber as coisas. O orgulho, ao contrário, cega, se ofende, fere, desequilibra. Mas é estimulado ao extremo.
Quanto ao que fazer, a vida nos dá os sinais. Se não der, imagino a necessidade da decisão, da vontade. Mas, em geral, não vemos os sinais estão ao nosso lado ou aparecem pela vida. Mas muito cuidado – quando, na procura, há uma vontade enorme de encontrar, acabamos achando onde não há.
Discernimento é trabalho interno a ser desenvolvido em interação constante com o externo.
O mundo só é como é, porque consentimos que seja. Gradualmente percebemos isso, gradualmente as coisas mudam. A satisfação é viver com este sentido, não esperar chegar neste objetivo. Na verdade, o objetivo é o caminho. E a busca é do que podemos levar da vida. Aí, só a intuição pode falar. Podemos melhorar nossos receptores, mas não podemos usar outros que não os nossos. O trabalho interno costuma melhorar muito. Tanto os receptores, quanto os transmissores.
Somos nós, todos, a força dos que nos oprimem, os controladores do mundo, os donos dos impérios. Sem a submissão, não há impérios. Se não posso mudar o mundo, posso mudar minha visão de mundo, meu comportamento, meus valores, meus desejos. E existir é a função. Ser da forma que eu gostaria que todos fossem – ou viver tentando".

Texto escrito segunda-feira, 22 de novembro de 2010, por Eduardo Marinho.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Mesa de bar


Ô mesa de bar.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010


Pra relaxar.
Pra exercitar.
Pra descontrair.
Pra se divertir.
Pra sentir.
Pra se alegrar.
Pra esquentar.
Pra sentir prazer.
Pra se mecher.
Pra esquecer.
Pra lembrar.
Pra lombrar.
Pra não entristecer.
Pra desopilar.
Pra alongar.
Pra esticar.
Pra se mover.
Pra não engordar.
Pra não sentir mal-estar.
Pra distrair.
Pra sorrir.
Pra amar.

Dançar.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Amigos.

Faça-me perder os sentidos.
Suscite o meu delírio.
Dilacere-me.
Olhe-me com má intenção.
Amarre-me em tua loucura.
Coloque-me em êxtase extremo.
Entretanto, seja sucinto em teus desejos de se tornar próximo demais.
Não me anime o coração com poesia e palavras doces.
De tua boca não anseio promessas eternas.
Toque, sinta, alucine-se.
Ao fim de tudo, somos apenas bons amigos.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Um domingo no inverno

Noite fria.
Cobertor de lã.
Sono.
Chá.
Camisola de seda.
Pés e nariz gelados.
Barriga pra baixo.

Uma mensagem.

Entrega a domicilio.
Vinho.
Boa música.
Boa companhia.
Boas mãos.
Movimento.
Noite quente.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Pelo mundo...

"Se alguém perguntar por mim
Diz que fui por aí
Levando o violão embaixo do braço
Em qualquer esquina eu paro
Em qualquer botequim eu entro
Se houver motivo
É mais um samba que eu faço
Se quiserem saber se volto
Diga que sim
Mas só depois que a saudade se afastar de mim
Tenho um violão para me acompanhar
Tenho muitos amigos, eu sou popular
Tenho a madrugada como companheira
A saudade me dói, o meu peito me rói
Eu estou na cidade, eu estou na favela
Eu estou por aí
Sempre pensando nela"

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

http://www.marciatiburi.com.br/