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TUDO SOLTO E MISTURADO


segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Gertrudes Hemilia

'Ontem no entanto perdi durante horas e horas minha montagem humana. Se tiver coragem, eu me deixarei continuar perdida. Mas tenho medo do que é novo e tenho medo de viver o que não entendo - quero sempre ter a garantia de pelo menos estar pensando que entendo, não sei me entregar à desorientação. Como é que se explica que o meu maior medo seja exatamente em relação a: ser? (...) Mas porque não me deixo guiar pelo que for acontecendo?Terei que correr o sagrado risco do acaso' p. 11.

Tendo de lidar com seu medo e nojo de barata, pela primeira vez na vida Gertrudes Hemilia refletiu sobre a sua própria vida, sobre quem era e como agia no mundo. Ali sentiu que não era livre e tomou pra si a árdua missão de busca pela liberdade.
Tinha percebido, diante da barata, que não era. Então desejou ser.

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