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TUDO SOLTO E MISTURADO


sábado, 26 de novembro de 2011

Ser ou não ser

Muitas certezas se foram ontem de noite.
É bom que a vida faça disso mesmo, desfaça certezas. Significa que somos influenciados pelas nossas experiencias e capazes de nos transformar com elas.

Achas que tem alguém nesse mundo que entende tudo da vida? Que se mantém fiel a certezas eternas e imutáveis? Que se mantenha em poço de segurança, guiado por essas certezas o tempo todo? Ninguém.
A incerteza do futuro, e a certeza de percepção dessa incerteza, é algo que assusta. Assusta muito.
Principalmente nesse mundo contemporâneo que instiga o tempo todo a gente a traçar metas e segui-las a risca, seguindo padrões pré e constantemente estabelecidos. Quem não tem metas certas ou foge dos padrões sofre, rema contra a maré.
Se encontrar nisso tudo dá um trabalho...
Mas não somos obrigados a estar sempre encontrados. Isso nem é possível. As vezes nos perdemos mesmo e ficamos sem saber direito o que somos ou o que queremos.
As certezas todas de ontem se vão.

Nessa hora o exercício de buscar o que é, e saber o que se quer, deve ser feito. E sempre refeito. Principalmente quando nos sentimos muito perdidos, fechados pro mundo e sem respostas é quando mais temos que refletir sobre nós. Os momentos de introspecção são muito úteis nessa busca de se auto-conhecer.
É normal ficarmos com medo quando estamos assim, em nós mesmos, nos avaliando. Até a comunicação com o mundo fica abalada. E sem conseguir se comunicar direito, sem saber organizar as palavras, já que os pensamentos estão bagunçados, nos sentimos incompreendidos e inseguros.
Mas deve imperar a vontade de querer se comunicar e ser entendido com alguma clareza.
Devemos tentar, soltar as palavras como nos vem, simplesmente falar, sem medo do que vai sair.
O comum é que, normalmente, nosso pensamento seja mais sagaz e denso e profundo e fértil do que nossa capacidade de expressá-lo. Quando o pensamento é transformado em palavras ele é diluido em partes, por isso nem sempre é compreendido tal qual foi pensado.
Mas falemos sempre e constantemente. Só exprimimos o que se passa conosco quando nos comunicamos. E é tão bom se exprimir, exprimir o que sentimos!
Não precisa de muito policiamento com as palavras, só fala e pronto! Deixa o policiamento com as palavras pra quando se é obrigado à pompa, quando é fala acadêmica e só porque há cobrança nesse sentido.
Falemos muito e sempre e pra isso convivamos muito e sempre.
A convivencia é super importante pra exercitar a comunicação e realizar trocas com os outros, de experiencias e de linguagens. Conviver com os outros, com muitos, quantos mais melhor.
Apesar de todo mundo ter individualidades, todo mundo partilha algo de comum, pois submersos sobre muitas influencias semelhantes... trocar ideia com nossos pares é saber do outro, como funciona, é se enxergar, no outro. Trocar é sempre algo que acrescenta.
Há muito me distanciei dessa obrigação de falar bonito e conciso, com palavras pomposas e que as vezes não são compreendidas no senso comum.
Falar o que pensa e sente de verdade é poder ser. Ser expontâneo.
É muita sorte conviver com pessoas que nos respeitam e nos deixam ser.
É muita sorte ter em nossa volta gente assim, que permite que nós sejamos.
Gosto demais de aproveitar para SER quando me vejo rodeada de gente respeitosa e que me permite assim.
E uma coisa é certa: ser é a melhor coisa do mundo!
Poder ser, na verdade.
Ser o que é, falar o que pensa e agir como sente vontade.
É quando somos mais felizes.

É quando somos felizes.

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