Ela chega lentamente,
acomoda-se com aconchego no quentinho.
Faz cafunés bastante delicados.
Acaricia-me as pétalas devagarinho.
Vai de cima a baixo percorrendo,
com suavidade de algodão.
Altero meu pequeno tamanho,
Vou perdendo a noção.
A velocidade dela aumenta,
O sangue me permeia as entranhas.
Aguardo ansiosamente o precioso afago.
Minha ansiedade é tamanha.
Meu corpo embalsamado suplica mais toques,
Uma parada programada me enlouquece.
Me contorso buscando o anterior movimento,
Por ele sou crédula e faço prece.
No limite de minha angustiada espera,
(talvez não tenha se passado um instante)
a fricção é retomada, incessaante.
A sensação interior é delirante.
Encontro-me bem rosada.
inflada, modo que fico mais formosa.
Leves toques deliciam-me toda.
Estou transformada: sou uma rosa!
O êxtase que me invade é extremo,
se eu não pedir ela não vai parar.
Enormemente preenchida de maravilha,
tenho até medo de vir a estourar!
Como suporto tanto tempo o máximo?
Que bom presente me deu a anatomia.
Milésimos, segundos, minutos até,
o cume ali sempre permanecia.
O momento de parar se dá pelo cansaçõ.
Ela, exausta, desencosta de meu corpo.
Com o fim da agitação eu relaxo,
ainda quente e atrdente como fogo.
Ela despede-se com muita ternura,
cobre-me protegendo do frio.
Parte, não pra muito longe.
Deixa sempre a certeza de voltar sempre, com doçura.
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